domingo, 22 de janeiro de 2012

O chão gelado

Sentada no chão do quarto, eu percebo que ele é menos gelado que meu coração. Eu começo a me perguntar, qual o motivo da minha existência? Por que as pessoas nos deixam? Por que elas não nos ensinam a não depender delas? Por que elas fazem promessas que não podem cumprir? Por que elas se arriscam a ficar do lado de alguém, mesmo sabendo que quando tudo aquilo de belo acabe, elas não vão permanecer? E porque elas não permanecem? As lágrimas que descem dos meus olhos, descem ardendo, machucando, queimando e me congelando. Parece que elas deixam cicatrizes no meu rosto, cicatrizes que ninguém enxerga, mas que eu sinto como se fossem pequenas agulhas me torturando. Essa falta de apoio, essa desistência tão rápida das pessoas. Essa não compreensão, essa coisa de ficar perdida sem saber o que fazer, sem saber pra onde ir. Por que tem que ser assim? Por que eu tenho que ser assim?Tão complicada, tão chorona, tão desequilibrada, tão errada? Será que também não há ninguém nesses padrões que possa se juntar a mim? Há alguém aí capaz de me apoiar?Às vezes a gente só precisa de alguém do nosso lado pra dizer “Vai ficar tudo bem, eu estou contigo”. Mas ninguém consegue me aguentar até esse ponto. E eu me sinto na obrigação de desistir de tudo isso, e deixar espaço para os que encontraram coragem pra seguir em frente.

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