sábado, 28 de janeiro de 2012

Eu vou
 Tu vais
Eu fico
 Tu não ficas 
 
Eu já deveria imaginar que era mentira. Eu já deveria ter imaginado. Mas que ironia não? a pessoa que você tanto confiou, te deu mais uma rasteira. Te fez chorar. Parou de se importar. Mas, será que um dia se importou mesmo? Será que algum dia tudo foi verdade? E aí a gente volta naquelas reflexões que nos deixam totalmente atordoados. Mas será que nada é verdade nessa vida?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Não ligue não meu bem. Não ligue pra mim a nenhuma hora do dia. Nem de madrugada, nem em dias de chuva, nem em dias de sol. Por favor, não diga que precisa de mim. Não diga que não vive sem mim. Não peça pra eu ficar. Sabe, eu costumo apegar-me muito rápido às pessoas que me fazem isso. Me apego pra valer. Mas no final, eu acabo me dando mal, quebrando a cara, porque ninguém é capaz de me aguentar até o final. Ninguém é capaz de ficar ao meu lado por muito tempo. Então, você vai embora. Mas aí eu já acreditei em todas as suas promessas, já me apeguei mais do que deveria. E tu me fará sofrer, me fará querer a morte mais do que qualquer coisa. É assim que vem sendo ultimamente: eu quebrando a cara intermináveis vezes, despedaçando-me toda. Aos poucos eu vou me recompondo. Mas a cada queda, um pedaço meu fica. E de tanto cair, daqui a pouco já não serei mais inteira. Pra falar a verdade, nunca fui completa. sempre me faltou um não sei o quê. Não passo de fragmentos de vida espalhados por aí.
- Qual a graça de me amar?
(silêncio) 
- Qual a graça de me esquecer? 
- E o que está sentindo agora pequena?
- Vazia. 
- Vazia? Mas tu disse que estavas cheia de mim... 
- Exatamente. Um vazio repleto de você. 
Eu sei que eu não deveria estar sentindo isso. Eu sei que eu não deveria ser assim. Mas eu sinto. E não sinto pouco meu bem. Sinto demais até. Me derramo em sentimentos, espirro todos os tipos deles. Sou um sentimento. Gosto de sentir intensamente. Tristeza intensa, alegria mais intensa ainda. Não sei se são sempre esses que mais quebram a cara. Não importa. Pelo alguma experiência eu vou ter pra contar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012


Summer Soul Festival 2012

Bom, resolvi falar aqui um pouquinho do Summer Soul Festival, que aconteceu ontem, dia 24 de janeiro, das 18 horas da tarde até as 1:30 da manhã. 
primeira atração foi a Dionne Bromfield. Confesso que não a conhecia e fiquei completamente apaixonada pela voz dela, pelo seu estilo e presença de palco. Ela levou a hashtag #MTVSoulFoda para o primeito lugar do tt's do twitter, com o principal comentário de que ela é a cara da Amy Winehouse. E não foram comentários à toa: Dionne é uma afilhada musical de Amy. Incrível como uma adolescente conseguiu fazer um excelente cover de Tears Dry On Their Own. 
Depois da Fox e da Florence, tivemos a apresentação de Seu Jorge, que eu amo de paixão. Representou bem o como brasileiro no festival, e eu fiquei louca cantando "Mina do Condomínio" e "Burguesinha".
E às 00:15 entrava a atração mais esperada do show: Bruno Mars. Não sei como esse cantor consegue me encantar tanto, mas eu sou vidrada nas canções dele. Ele fez um show incrível, com suas canções mais famosas e dancinhas super simpáticas. A única parte ruim disso foi que ele não cantou "It will rain", música da trilha sonora de Amanhecer-parte 1. Quando ele encerrou o show com o sucesso "Just the way you are" e foi embora, o povo começou a pedir a música "Talking to the moon" e ele voltou e cantou com uma graciosidade que só vendo. 

Enfim, o que se pode dizer é que quem estava lá não se arrependeu de ter pago o ingresso, e quem não estava ficou morrendo de inveja.

Mias uma coisa sobre mim

Eu sou completamente apaixonada por cinemas. Apaixonada, vidrada. Eu acho que é o lugar mais tudo do mundo. Além de tu assistir um filme, tem aquele escurinho, aquele clima de mistério, de romance. Eu nunca beijei dentro de um, mas acho que deve ser muito bom, bom mesmo. Imagina, ficar agarradinho com quem tu gosta vendo o filme que tu gosta no lugar que você acha mais legal. Não deve ter coisa melhor.

Fato sobre mim

Um fato sobre mim: eu tenho pânico de avião. Por mais que eu nunca tenha andado em um, eu tenho pavor só de pensar em ficar fechada lá dentro, por horas, sem ter como sair. Pra falar a verdade, eu tenho pânico de tudo que tenha a ver com altura. Mas mesmo assim, eu morro de vontade de andar de avião e fazer aqueles esportes super radicais. É, eu sou contraditória mesmo.

Três coisas que eu amo


 Resolvi postar aqui pra matar o tédio né, três coisas que eu tenho paixão:
Livros: eu tenho uma verdadeira paixão por livros. Eu amo ler, acho que melhora a ortografia, seu modo de desenvolver um assunto, faz você viajar sem sair do lugar. Enfim, não é nenhuma perda de tempo ler um livro, só te acrescenta coisas boas.
Câmeras: eu sou apaixonada por tudo que tenha a ver com fotografia, e câmera está no meio disso. E mais: eu amo essas coisas antigas sabe? Tudo que volte pro tempo onde as coisas eram mais simples.
Paris: eu tenho uma verdadeira queda por Paris. Nunca fui lá, mas acredito ser a cidade mais linda do mundo. Pretendo ir pra lá quando eu tiver condições pra isso, enquanto isso não acontece, eu fico babando nas fotos de lá.







Fato comprovado: pior que estar apaixonado é não saber o que está sentindo. É ter essa turbulência fazendo o coração bater mais rápido, é essa coisa de ficar sem rumo, sem saber pra quem se declaram. E pior ainda é não conseguir admitir pra si mesmo que está. Que está completamente apaixonado por alguém. Provavelmente esse alguém não vai corresponder, elá se vão dias e dias de lágrimas intermináveis, de vontades horrorosas, de perguntas sem respostas. Aí, seu coração vai cicatrizando aos poucos, vai voltando as batidas normais, e aí você se apaixona de novo. Se apaixona, sofre por dias até admitir que está sentindo isso novamente. Até que um dia você se declara. E mais uma vez descobre que não era a pessoa certa. Volta pra aquele ciclo de dias intermináveis. Quer morrer novamente. Mas o que anima é que é no meio dessas decepções da vida que você vai encontrar aquela pessoa, aquela perfeita pra ti, aquela que te fará ficar todo bobo. Basta você ter paciência e esperar por ela.
Eu só quero ir pra um lugar onde haja paz, onde eu encontre a minha paz. Sinto-me tão incompleta, tão perdida.  Toda essa rejeição de anos e anos resultaram nisso: nessa garota sem fé na vida, sem ânimo pra seguir em frente, sem vontade de viver. Isso é o que mais me preocupa: onde estará toda aquela sede de vida que os outros tem? Onde estará toda aquela alegria que as pessoas escorrem por olhos e sorrisos? A morte está cada vez mais me parecendo a melhor solução, ou pelo menos, a mais fácil. Já não há motivos pra estar aqui. E ainda sim eu teimo em achar algum, eu teimo em ser esse motivo. Mas de tanto teimar a gente cansa. E o cansaço já me tomou conta.
Está cada vez mais difícil distinguir-me no meio de tanto barulho, tanta coisa ruim, tanto vazio. Está cada vez mais difícil perceber o que está acontecendo, tentar resolver esse impasse. Já não sei o que sinto, já não sei se sinto mais. Foram tantas as decepções na vida, que parece que elas tiraram minha vontade de amar, de sentir novamente. Tornaram-me uma pessoa insegura, incerta, confusa. E quanta confusão há aqui dentro. Quanta gritaria em meio ao meu silêncio. Não me percebem mais, não me ligam mais, não me cuidam mais, não me procuram mais. Acho que no fim das contas quem sempre procurou as pessoas fui eu, e de tanto procurá-las elas acabaram me expulsando de suas vidas, e eu decidi ir embora de vez.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Lar interior

Penso todos os dias nas respostas que venho procurando. "Há lugar aqui pra mim, nesse mundo?" . Procuro esse lugar. Procuro o lugar onde eu vou conseguir ser eu mesma, onde eu vou pelo menos tentar fazer isso. Mas sabe, que numa pequena caminhada de vida, eu já cheguei na conclusão de que esse lugar é dentro de mim. É dentro de cada um que há seu lar interior. O lugar onde você vai conseguir ser você mesmo. O lugar que vai te levar a outros mais distante. Aí você olha no espelho, mas só vê seu reflexo: é aí que está a pessoa que te fará feliz. Você mesmo.  

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Insegurança

Não liga não, mas eu sou essa insegurança em forma de pessoa mesmo. Sou daquelas que tem que ouvir milhares de vezes um "eu te amo" pra tentar acreditar. E depois de uns dois minutos já estou com medo de estar me iludindo. É que no fundo, no fundo, meu acho que a felicidade não é pra mim.
Sinto como se estivesse te perdendo. Aos poucos, mas te perdendo. Ou então talvez esse medo de te perder que acabe te afastando de mim. Incrível como eu não sei resolver esse impasse. Eu me afasto pra não te incomodar, afasto pra não te causar mais problemas. Até porque eu me sinto como se fosse o problema. A pessoa mais idiota do mundo só por existir. E assim eu fico distante, mesmo sofrendo, mesmo querendo te dar atenção. É tão estranho tudo isso. São tão confusos todos esses pensamentos dentro de mim. Me fazem tão mal. Me deixam tão sem rumo. Sem saber pra onde ir. Conturbada. É assim que eu estou. É assim que eu me sinto todos esses dias. Sem encontrar um motivo da minha existência. Sem encontrar um motivo que me faça querer seguir em frente. Hoje eu não encontrei. Talvez amanhã eu encontre. Talvez amanhã eu te encontre.

Pemi


É estranho porque eu ainda insisto nessa história. Tanta coisa que vai contra tudo isso, tanta gente querendo atrapalhar, tantos problemas mal resolvidos. E ainda sim, eu resolvo insistir no impossível. Ou seria o óbvio? Afinal, essa necessidade de você que só cresce, faz-me tornar tão dependente de uma pessoa tão transitória, tão desequilibrada. É isso, você é inconstante. Mas parece que essa inconstância sua só me traz um equilíbrio maior ainda. É como se fossemos a junção dos opostos. Você me deixa fraca, mas ao mesmo tempo me dá forças. Me deixa em silêncio, mas dentro de mim há uma gritaria pedindo mais de você, mais do seu cheiro, mais do seu gosto. E eu quero te provar, sempre mais e mais. E nesse vai e vem de pensamentos, decido te procurar. Loucura? Não sei. Mas eu adoro ficar louca por você.
- Afinal, você veio. - como pode alguém te deixar tão fora de controle com uma só frase? Meu Deus, me explica, como pode? eu estava me entregando a você, mesmo com todas aquelas vozes internas me dizendo que era errado. Mas contigo, eu gostava do errado.
- Não se ache Pedro. Vim pra te pedir qualquer explicação que seja. Porque eu já não aguento ficar nessa espera por um cara que não faz o mesmo por mim.
- Pensei que tinha te avisado…
- Pensei que tu fosse um pouco mais humano comigo. Então é assim? Tu se aproveita da minha fragilidade, e depois vem me dizer que avisou? E por um acaso a gente ouve alguma coisa quando está apaixonado?
- Mas Mirella, é tudo tão confuso pra mim… É tudo tão novo. Contigo eu sinto uma sede incontrolável de amar. Mas não sei se te amo. Não sei se vale a pena a gente tentar alguma coisa por um sentimento tão incerto.
- Pra mim não é incerto.
- Mas pra mim é porra! Eu quero tanto cuidar de ti, quero tanto estar ao seu lado. Mas também não quero te enganar. Não quero iludir a pessoa que mais me faz bem. Eu não quero estragar essa coisa entre a gente. Essa coisa da gente se dar bem, da gente dar certo. Eu não quero estragar tudo isso.
- Eu também não. A questão é que já está tudo perdido mesmo. Eu não vou conseguir ficar ao seu lado sem poder te beijar, sem poder te abraçar, sem poder te pertencer.Eu não vou conseguir ser tão fria como antes. Porque você já tirou meu auto-controle.
- Incrível, você já levou o meu também. Acho que já nos tornamos toda essa bagunça acumulada de anos. Não somos mais certos. Não nos sabemos mais. Somos esse emaranhado de perguntas sem respostas, de desejos incontroláveis, de vontades incontidas. Mas, por mais que isso me assuste, eu gosto. Me faz bem. Me faz ver como a vida é intensa. Como é bom viver.
- Então, acho que deveríamos nos permitir uma chance…
- Eu só não quero te magoar, te macucar como todos aqueles babacas fizeram contigo.
- Tu não vai me enganar. E se for pra ser engano, se for pra ser um erro, que erremos juntos. Que nos enganemos juntos. E que esse engano seja digno de nos fazer bem.
- Mirella, eu não te amo.
- Eu sei. Mas eu enfrento qualquer coisa, desde que seja com você.
- Então vamos juntos. E vejamos no que dá.
Naquele instante, eu não estava nem um pouco preocupada se eu iria ou não me machucar. Eu estava com ele. Ele estava comigo. Ele me fazia bem. Ele me fazia querer viver. E pra mim, só isso já me bastava.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Iludida

Ela sofre. Coisa idiota não é? Sofrer por alguém que não merece. Sofrer por amor. Logo o amor, aquele sentimento tão nobre que todos dizem ser capaz de mudar o mundo, transformar as pessoas. Mas, ela sofre. E não é pouco. São poucas lágrimas pra tanta vontade de chorar. É um desejo de sumir, de abandonar tudo, de morrer. É uma sensação de incapacidade, de burrice, de ódio de si mesma. É aquela coisa que não se tem nome ainda. É um sentimento de angústia, de dor, de rancor, de ódio. E mesmo assim, ela continua amando. E ama cada vez mais. Mas esse amor, torna-se cada vez mais ruim, insuportável, parece até uma necessidade de sofrer. E parece que não tem fim. Parece que não há luz no fim do túnel. Pode ser que um dia, essa luz apareça.Mas, por enquanto, ela continua sofrendo, se remoendo, morrendo aos poucos.
E onde é que vão parar tantas dúvidas? Pra onde é que vai toda essa confusão dentro de mim? Por favor, alguém me diga, alguém me ajude. É tanta coisa aqui dentro da cabeça, é falta de um abraço daqueles bem fortes, capazes de atenuar a sua dor. É falta de amar a pessoa certa. É falta de mudar. Mudar pra melhor, conseguir perceber o que me faz mal. É falta de tanta coisa… E o pior disso tudo, é que ninguém chega pra suprir toda essa necessidade.
Fingir ser feliz. Mas que coisa pra doer essa! Que coisa ruim de se fazer. Sorrisos forçados parecem que vão triplicar as minhas futuras rugas. É que de tanto as pessoas sorrirem, ele se tornou automático. A pessoa pode estar morta por dentro, que mesmo assim ela sorri. Talvez seja pra se fazer de forte. Talvez seja pra evitar falar que não está bem. Ou talvez seja porque ela não tem quem a ouça. Quem a entenda. E aí, fica prendendo tudo pra si. Olha menina, se fosse você, eu chorava. Mas chorava mesmo, até dormir. E sabe por quê? Porque você só pode estar aberta para a felicidade, se tiver o coração bem limpinho, sem mágoas, sem decepções. Se continuar guardando tudo pra ti, vai se sufocando, sufocando, até que um dia explode de tanta tristeza.Mas aí, talvez esses estragos, não tenham mais solução.

Renasça!

Talvez seja só essa vontade de me arrancar de mim mesma que esteja me deixando louca.Louca, confusa, sem um caminho a seguir, sem um motivo para continuar. Um motivo só, só pra eu seguir em frente, é o que eu preciso. Mas como é difícil essa coisa de vida. Como é confuso isso meu Deus. E quem vai me tirar essa vontade de sair dela? Quem vai me ajudar a renascer? Renascer. Talvez tenha que aprender a conjugar esse verbo. 

Respostas

Respostas, onde elas estão? Tomaram um chá de sumiço. Mas quem vem sempre por aqui são as perguntas. Ah, essas não me deixam em paz. E me deixam tão confusa… Estou cheia delas. Vivo me perguntando pra que é que eu sirvo, qual é a minha utilidade no meio de tanta bagunça. Mas as respostas nunca aparecem. E eu fico assim, vagando por um mundo desconhecido, sem saber qual direção tomar.

Desequilíbrio

Como eu sinto a sua falta. Sabe, aquela saudade que a gente não sabe de onde vem nem aonde vai parar? É isso. Uma saudade que aperta aqui dentro sabe, que me deixa sufocada. Que me faz pensar em correr pros seus braços, e depois perceber que isso é impossível. Mas é que tem uma hora que a burrice nossa chega a um limite. Não, eu não vou correr atrás. Não, eu não posso correr atrás. Chega de tanta ilusão. Chega de pensar que vai dar certo uma história que nunca teve um começo.Chega de pensar que tudo irá se resolver por si mesmo. Porque não vai. Cada um vai seguir o seu caminho. E sempre um vai carregar mais lembranças que o outro.

Frieza

Aprender a lidar com toda essa frieza tem se tornado uma tarefa bem difícil. Não costumava ser assim. Não costumava ser assim, tão confusa, tão desesperada. Aliás,desesperada tem sido uma palavra bastante usada no meu vocabulário. Um desespero por dentro, que vem de dentro, vai tomando conta de mim, vai me fazendo sentir sem saída. Pois olhe só, sem saída, de mim mesma. Sem saída de toda essa palhaçada que chamam de vida. Eu acho que em vez de amor, eu só precise de um lugar pra onde eu possa fugir, um lugar onde não haja tantas coisas para serem discordadas, tantas coisas para serem pensadas. Um lugar que me faça repensar e descobrir pelo que realmente vale a pena viver.

Julgamentos sem fim

Falar o que se sente tornou-se algo impossível. A todo tempo parece que vão te julgar, vão te achar uma idiota ou outra coisa. E a gente cansa de falar que não está bem. A gente cansa de ninguém se importar. Cansa de falar tudo em vão. E o pior, cansa de falar de tudo. E o cansaço vai aumentando, até que chegue uma hora em que você já não diz mais nada, tudo sai da sua boca de uma forma involuntária. Você passa a sempre estar bem, a sempre estar de bem com a vida. Mas não está. E aí vem aquele aperto no peito, como se você não conseguisse mais achar um ombro sincero, pelo qual você possa dizer tudo o que sente, desabafar de uma forma verdadeira. E faltam pessoas assim. Faz tempo que não vejo uma dessas por aí. E cada vez a gente vai se perdendo, até uma hora que explode de tantos pensamentos guardados e não tem mais conserto.

Reflexão fora de hora


Acho que sentimento demais faz explodir sabe? E sentimento de menos faz você ficar vazio, infeliz. É aquela velha receita da “medida certa”. Nada de menos, nada demais. Tudo na sua medida, direitinho, delicado, pra não estragar o equilíbrio.

Intacta

Ela continua ali. Por fora, intacta, alegre, de bem com a vida. Por dentro, ah por dentro, é até difícil falar. Por dentro, está destruída, magoada, com uma sensação de inutilidade crescendo cade vez mais, com um medo de incomodar as pessoas, com medo de ser abandonada, como sempre acontece, sempre aconteceu. Aliás, medo é o que mais a define. Medo da vida, de viver, de amar. Medo de se tornar uma pessoa tão triste a ponto de perder a alegria das pequenas coisas. Medo de se decepcionar novamente,medo de não ser amada. Mas principalmente, medo de morrer e não ter feito a vida valer a pena. E com todo esse medo em excesso, ela vai seguindo em frente, mas sem arriscar, sem tentar, acostumando-se à armadilha que a vida nos traz: a acomodação ao fácil. Perdeu a vontade de lutar.

Errada

Eu sei que estou extremamente errada em fazer isso, mas, eu tenho que repetir: eu te amo. E sabe, no começo não achei que fosse amor mesmo. Achei que fosse um sentimento bom, gostoso de se sentir, uma vontade incontrolável de te ver. Mas o tempo foi passando e eu fui percebendo o quanto eu te amava. Sabe todas aquelas nossas bobeiras? Eu sinto falta. E como eu tenho ciúmes de você. Como eu tenho um medo enorme de te perder. Mas aí eu lembro que não há como perder algo que nunca foi meu. E nunca será meu. E sabe por que? Porque, infelizmente, há inúmeras pessoas que tem medo das decisões. E você é uma delas. Você tem um medo enorme da decisão, de optar por alguma coisa, e machucar a outra. O problema, é que você acaba machucando tudo. E principalmente, acaba me machucando. Mas machuca tanto, que eu fico sem forças pra recomeçar. Me bate aquela tristeza, aquela sensação de não saber o que fazer. Mas, acima de tudo isso, eu continuo te amando. É estranho isso, todo mundo me achando uma completa idiota, mas eu ainda te amo. E parece que isso só cresce. Parece que esse amor se isolou de tudo isso, de tantos problemas, de tanta indiferença. Acho que não deve ser mais amor, acho que agora se tornou necessidade. Uma necessidade incontrolável de você.

Falta nós

Falta companhia para deitar e assistir aquelas comédias românticas que passam na “Sessão da Tarde”. Falta companhia pra sair sem rumo e andar de bicicleta, feito crianças que acabaram de ganhar uma. Falta companhia pra ir no supermercado comprar uma coisinha e acabar enchendo o carrinho todo. Falta companhia para abraçar quando está frio. E quando está quente também. Falta companhia para ir na cozinha e fazer brigadeiro mas deixá-lo queimar porque nos distraímos nos beijando. E mesmo assim ficar passando nos nossos rostos e depois limpar o outro com aquela cara de idiota. Mas é que não me falta companhia. Porque a única pessoa com quem eu quero tudo isso e muito mais, é você, só você. Falta você aqui, falta nós.

Verbo amar


Sabe, eu acredito em amor a primeira vista. Só não acho que ele seja uma boa ideia. Eu gosto mesmo é do amor que é construído no dia a dia, no convívio dos meses. Daquele que vai superando todas as dificuldades e seguindo em frente, firme e forte. Esse sim é um amor que vale a pena viver. Esse sim é um amor pelo qual vale a pena amar.

A procura de algo

Procuro alguma coisa que me faça sentir novamente a essência da vida. Algo que me surpreenda, algo que me faça renascer, reviver, revitalizar. Algo que me deixe sem fôlego, algo que seja bom de sentir. Algo que me faça entender que valeu a pena esperar, que valeu a pena não ter desistido. Algo que me faça mudar sobre o conceito da vida. Alguma coisa que me traga as forças pra continuar, alguma coisa que me faça querer um novo amanhã. Alguma coisa que cicatrize as minhas feridas. Procuro algo que me faça querer viver novamente.

Desistindo do amor


-Que você acha do amor?
-Amor? Você falou em amor? Ah, dessa eu vou rir.
-Rir? Por que? Não acredita no amor?
-Essa é bem difícil. Não é questão de acreditar. É questão de se conformar. O amor já esta escasso há muito tempo. As pessoas não sentem mais amor: são romances adolescentes frustrados, carência em excesso, vontade de ter alguém do lado, mas nada que seja tão puro quanto o amor. Acredito no amor de mãe, de pai, de irmão, de amigo de verdade. Agora, esse amor aí de duas pessoas viverem pra sempre e etc, esse eu não vejo há muito tempo.

Esperanças, onde estás?

O problema é que eu já perdi as esperanças de encontrar alguém que goste de mim do jeito que eu sou, assim mesmo, toda idiota e complicada, toda boba e escandalosa, com a idade mental bem inferior a da certidão. É que esperar acaba comigo. O fato de já ter quebrado a cara tantas vezes, me faz acreditar que não chegará mais ninguém. Que esse papo de alma gêmea, é tudo uma grande injustiça. Tenho medo de ficar procurando-a, e acabar nessa caçada, sem nenhum proveito disso tudo. Tenho medo de nunca encontrar alguém que me aguente, alguém que queira ficar ao meu lado pra sempre, alguém que queira me fazer feliz. Eu tenho o medo mais comum que existe: da solidão.

Sem sentido

Eu me sinto tão vazia. Tão sem sentido. Tão idiota. Tão solitária. Tão errada. Tão ingrata. Tão insuportável. Tão tudo! Tão sem saber o que fazer. Tão sem saber pra onde ir. Tão perdida. Perdida nesse mundo aqui, sem nexo, cheio de injustiças, cheio de mentiras, cheio de gente que não sabe o que quer. Eu me sinto a pior pessoa do mundo. Eu me sinto um problema sem solução.

Gritaria interna

Sozinha. Solitária. Otária. Idiota. Iludida. São tantos os adjetivos que me definem. E infelizmente, eles gritam a verdade no meu ouvido. Me sinto a pior pessoa do mundo. Me sinto um ser ocupando espaço desnecessário. Sinto que nada vai se resolver. Sinto que nada tem solução. Tudo desaba. E o peso fica sob as minhas costas. É nessa hora, que a gente cai. Mas aí, não há ninguém pra me segurar.

O bilhete deixado


Ele acordou às sete. E estranhou ainda não ter nenhum telefonema dela. Estranhou nenhuma mensagem. Estranhou sua ausência. Afinal, ela estava ao seu lado, a todas as horas, em qualquer problema. Desceu até a cozinha e viu um bilhete jogado em cima da mesa do café. estava meio molhado ainda. Sinais de lágrimas. Ela dizia:
“Meu amor, estou a escrever-te pelo mais simples motivo: se cuida. Sabe, se cuida mesmo. Não esqueça daquelas vitaminas que o médico te receitou, não esqueça de levar aquela camisa branca, aquela, que você tanto gosta, a mão. Não esqueça da ração do Toby. Ele odeia ração de frango. Não esqueça também da sua alergia a amendoins. Você sempre insiste em provocá-la, e sempre acaba mal. Não se esqueça de mudar a chave com o chuveiro desligado, impressionante como você adora levar choques. Mas, tente se virar sozinho.Tente não me ligar. Ou melhor, não me procure. Não me ligue. O tempo todo eu estive ao seu lado. E você nunca reparou. Nunca se importou comigo. Nunca me valorizou. Sempre me deixando em último plano. E eu vim te dizer que resolvi te deixar. Resolvi cuidar de mim. Eu te amo. Mas esse amor vai adormecer. Sabe, ele não vai acabar. Isso, nunca. Mas vai dormir. E eu amor, vou acordar pro mundo lá fora. Mais uma vez, se cuida. Fui ser feliz.Ou tentar, sem você.”
 Foi como se uma punhalada o acertasse. Aquela mulher, que ele sempre achou que fosse sua, o deixou. Aquela que sempre esteve ao seu lado. Aquela sempre disposta a tudo para ajudá-lo. Se sentia abandonado. E percebia que, ele a amava. Amava, mas não sabia demonstrar. Amava, mas não sabia provar. Amava, como nunca tinha amado outra pessoa. Nunca dera valor nos sentimentos dela. Com o bilhete no peito, ele sussurrava “eu te amo”. Mas já era tarde.

Passa rápido...

O tempo passa. E passa com uma rapidez incrível. Mas por mais que ele passe, as coisas não parecem mudar. Ou talvez mudem, e eu não perceba. Mais um ano chegando ao fim. E eu meio perdida. Será que o próximo vai ser melhor? Será que eu vou conseguir torná-lo melhor? Será que eu vou conseguir ser melhor? Dúvidas e mais dúvidas, deixadas de lado a cada ano que se completa. Todo ano acaba. E logo outro começa. Mas, o que você tem feito nesse intervalo? O que você tem feito nesse tempo? Tem deixado a vida viver por você? Ou tem vivido por outra pessoa? Tente pensar um pouco mais sobre você. Tente se preocupar menos com coisas pequenas.Tente não querer agradar a todos. Tente ser você mesmo. Tente, a cada dia que passa, melhorar pelo menos uma atitude sua. Porque tentar, já é metade do caminho para conseguir.

Será?

Mas será que um dia eu vou encontrar alguém que me entenda? Alguém que queira me entender? Alguém que queira ficar do meu lado? Alguém que queira que eu fique?Alguém que me ajude tantos nos momentos alegres, quanto nos tristes? Alguém que queira me fazer feliz? São tantas perguntas sem respostas… Tantas as dúvidas atormentando a minha cabeçaSerá que um dia esse alguém vai chegar? Será que ele existe mesmo? Só me resta esperar o tempo me trazer as respostas.

Solidão contraditória

Me sinto sozinha, mesmo estando ao redor de inúmeras pessoas. E isso me assusta.A solidão me assusta. Mas mesmo assim, ela me parece a melhor solução. Como se ela fosse capaz de resolver todos os problemas. Como se isolar do mundo fosse necessário, para não sofrer mais. Para não cometer tantos erros, para tentar ser uma pessoa melhor, menos iludida. Mas, quem é que consegue não errar? Quem consegue não sofrer? Se você está vivo, vai sofrer. É uma espécie de teste, antes de ser feliz.Porque no final, sempre há uma recompensa. Uma recompensa, que vai corresponder aos seus atos de agora. Acho que a minha vida se resume em esperar essa recompensa. Esperar que ela chegue até mim. Aí talvez, me liberte da solidão.

Eu tento amar


Escrevo-te assim mesmo: eu te amo. Sem adereços, sem poesia pra enfeitar, sem palavras doces. Até porque amar já é doce demais. Nada contra quem faz o contrário. Mas é que eu prefiro ser assim mesmo, direta ao ponto, pra não confundir o que eu sinto. Pra não sufocar esse amor. Pra que ele seja livre, puro, e natural.

O verbo escrever


A gente escreve. Escreve tentando usar as palavras certas, os tempos verbais corretos. Escrevemos na tentativa de colocar em palavras o que vem do coração.Às vezes escrevemos à alguém, às vezes escrevemos a um momento, ou às vezes escrevemos a nós mesmos. Escrever a nós é uma tentativa de se convencer do que é certo, ou do que é certo só pra você. Se convencer de mudar o rumo, de tentar ser outra coisa. Nesse meio tempo, palavras são desperdiçadas, mas também há as palavras que nos dão uma luz, nos guiam. E nesse percurso todo e tão longo, continuamos a escrever, na esperança de que essas letrinhas mudem alguma coisa na nossa vida. Acho que isso é uma pequena parte do que o verbo escrever nos significa.

Mais conversas


- Aqui, olha.
-Aqui o que menina?
-Sente aqui, meu coração.
- Mas, pra que isso?
- Pra te dizer, que ele é teu.
- Ah por favor garota, para com isso! Não sabe que eu odeio essas ilusões? E aquele cara láJá não disse que o amava mil vezes? Por que agora insiste nessa história de que me ama?
Insisto. Porque aprendi a amar quem cuida de mim. Aprendi amar quem me respeita.Quem me faz rir. Quem me acha bonita, mesmo toda desajeitada e com aquelas roupas que você não gosta. Aprendi amar quem me valoriza, quem vai atrás de mim, quem não me deixa partir.
Jamais te deixaria partir…
Então por que insiste em dizer que não me ama?
- É que sei lá, é com se eu fosse obrigado a te afirmar isso. É como se eu não quisesse estragar toda essa amizade, todo esse amor tão simples, tão sem complicações. Eu tenho medo que se passar disso, vire sofrimento, vire obrigação de amar.
Eu também tenho medo. Mas, antes de tudo, somos amigos. Eu te conheço, você me conhece. Sabemos nossas dificuldades nesse “amar”, sabemos nossos problemas, e nos ajudamos, o tempo todo, nos cuidamos, nos queremos bem. Por que não daria certo?
- Eu simplesmente não sei…
- Nem eu, mas… Por que não tentar? Não são com os erros que se aprende a viver?
- Posso estar errando em te dizer isso mas…
- Mas…?
- Mas é que eu amo esse jeito que você me olha. Eu adoro essa risada sua quando eu tento parecer um idiota. Eu adoro quando você tenta ser uma criança, eu amo esse seu cabelo fininho que se entrelaça nos meus dedos com uma facilidade incrível. Eu adoro essa sua boca pequenininha, uma boca que dá vontade de beijar, que não dá vontade de soltar. Eu amo essa sua mania de achar que está sempre certa, eu amo seu jeito de me irritar, e eu te amo tanto, que já me perdi no meio desse sentimento, já não sei mais o que é certo, já não sei mais o que te dizer…
Não precisa dizer nada. Você já sabe o quanto eu te amo. Já sabe que daria a minha vida pela tua. Já sabe que eu me imagino nos seus braços todos os dias, já sabe o quanto eu me importo que estejas bem, já sabe o que eu faço pra te ver feliz. Não sei se sabe que me apaixonei pelo seu jeito idiota de cuidar de mim. Me apaixonei pelo seu sorriso, e por você escutei suas músicas preferidas. Por você eu tentei falar menos, por que você disse que não gostava das pessoas tagarelas. Por você eu já fiz tanta coisa. Mas o que mais me surpreende é que você me ensinou a amar. Infelizmente, me ensinou a te amar. Mas, por mais que eu não saiba onde tudo isso irá parar, estou feliz por te gostar tanto assim, por esse amor todo errado que eu sinto dentro de mim.
E aqueles dois, não sabiam o quanto eram feitos um pro outro. Não sabiam o quanto se completavam, o quanto queriam se cuidar, o quanto queriam se amar.
- Acho que devo tomar uma atitude - disse ele, como se fosse sair correndo dali.
- Tudo bem, eu te entendo. - é claro que ela não entendia, mas sabia que ele era responsável demais pra querer magoá-la.
- Não, não estou falando em ir embora. Estou falando disso. - ele a beijou. Naquele beijo não estavam duas pessoas, existia apenas uma. E foi num beijo que se manifestou tanto amor, tanto desejo, tanta vontade guardada em meio ao medo que tomava conta deles.
Eu sempre fui tua. - dizia ela, em meio aquele frio na barriga que havia sentido, ofegante com aquele sentimento que bambeava suas pernas.
Eu sempre serei teu.
E ali, se consumava um dos amores mais puros que já presenciei.

Oblíquo


Te quero
Te cuido
Te preciso
Te amo
E só a ti,
pertenço.

Mias uma conversa entre eles


Ele a vira ali dentro, naquela lanchonete que o lembrava de tantas coisas boas, mas coisas que o machucavam. Coisas que ele queria que saíssem de sua cabeça. Mas, resolveu entrar.
- Olácomo custava dizer aquilo de um modo tão seco, mas por dentro, tremia por inteiro.
Oi! Resolveu lembrar que eu existo? ela dizia aquilo com aquele tom irônico de costume.
- Esperei por uma semana você vir falar comigo…
- Foi você quem começou a briga, portanto, é você que tinha de vir falar comigo.
Para garota! Para de ser tão infantil e boba e…
- E mais o que? Vai me xingar mais é?
- E linda. E idiota. E perfeita. E minha.
Minha. Como aquela palavra me definia. Sim, eu era dele. Totalmente. Mas não queria isso.
Sua? Tem certeza disso? Acho que não… - quem eu estava querendo enganar? Ele sabia, mais que ninguém, que isso era a mais pura verdade.
- Tenho sim. Desde a primeira vez que te vi. - e tinha mesmo. Ah, quando eu a vi com aquele vestidinho floral, aquelas pernas branquinhas, e aquele sorriso de gente que gosta de ajudar os outros. Aquele sorriso… Me deixava sem reações.
- Nem um pouco convencido você…
- Eu só falo a verdade.
Ela riu. Como aquele sorriso me fazia bem, como me deixava forte e ao mesmo tempo, tão vulnerável a ela. Tão vulnerável a essa coisa que eu sentia por ela, que nem sabia se era amor. Era mais. Mais que qualquer coisa. Algo que me arrepiava. Algo que me deixava sem palavras. E como ela me tinha nas mãos…
- É, sou obrigada a admitir, sou sua.
Aquilo me desarmou totalmente. Arrancou-me as palavras. Já estava acostumado a vê-la negar com todas as forças isso. Mas agora, agora ela admitia. E eu, estava sem saber o que fazer. Uma mistura de medo alegria, que acabava comigo. Agora ela afirmava: era minha. Quanto eu tinha pra falar…. E meu Deus, como eu a queria!
- Não vai dizer nada? Te assustei? Acho melhor eu ir embora! - e saiu meio que tropeçando em tudo, com aqueles olhinhos cor de mel cheio de lágrimas.
- Não, não vá embora! - saiu correndo atrás dela, seu anjo não poderia fugir daquela maneira. - Não me deixe… Eu… Eu preciso de você! Preciso de você como alguém precisa de um coração pra bater. E, se você for, meu coração vai junto… Aí, não vai ter como ele bater mais dentro de mim.
Não seja dramático! É claro que ele vai continuar batendo… Não vai?
- Não se eu não quiser… E, mesmo que continue, ele não vai ser mais o mesmo. Vou ter que juntar os caquinhos, e você sabe que cristal quebrado não volta a ser como antes.
Eu não quero te perder… Mas, somos amigos! Será que não entende?
- Entendo! Mas amigos também se amam. E temos um dos amores mais lindos que já vi.
- Temos?
- Ah sim, temos. Não nos deixamos abater pelos problemas do dia a dia. E isso é o que me fascina.
- É verdade. Mas, e se não der certo? E se no final, até a amizade for embora? E se...
- Para com essa hipótese do “se”. A gente é o que é! E não vamos deixar de ser.
Não, não deixariam de ser. Aquela ligação era forte demais pra se acabar num romance adolescente frustrado. Amigos, amantes… Eles sempre davam certo juntos. Sim, juntos. Porque separados, era aquela falta que os tomava conta. Aquela necessidade de estar do lado, aquela história de se precisarem… E todo aquele restinho de clichê que sempre tem.
- Promete não deixarmos de ser o nosso “nós”?
- Eu prometo minha linda. Eu prometo que o nosso “nós” sempre vai existir, acima de qualquer sentimento ruim. Eu te quero. Você me quer. Não há como negar…
- Você convencido de novo!
- E você minha, sempre!
Sua, sua e sua, acima de qualquer problema ou solução.
Eu sempre soube. E sempre te pertenci.
E como era linda aquela dupla dinâmica junta. Como era animador vê-los felizes. É claro, nada dura pra sempre. Mas ali, enquanto durar, será eterno.